
Por trás desse desdém, dessa mania de me deixar na esquina, tem muita coisa mal explicada. É bem você quem não vale nada! E eu aqui, me sentindo culpada!? Não, comigo não! Comigo é assim: dou o que recebo, sou o que concebo, sem barganha ou fiado. Escreveu, não leu, o pau comeu! E em minha vida, quem mata a cobra sou eu. Meu papo já está cheio de grão e ainda não vi a cor do milho. Antes nunca, do que tarde demais. Chega! Não mais esperas, condições, imposições. Sofrer, eu sofro, e daí? Aceitar o inaceitável por migalha? Fingir que não lambo o fio da navalha? Tenho mais é que gargalhar da pretensão. Foi-se o tempo do aceno e do perdão. Agora, comigo é assim: se não quer compartilhar, respeitar o meu lugar, antes só, do que sem mim. Lílian Maial
Você Abusou - Antonio Carlos e Jocafi