Apaixone-se por mim!
Não um amor de mesa posta, talheres de prata, toalha de renda, não um amor de terça-feira, água morna, gaveta arrumada.
Apaixone-se por mim, no meio de uma tarde de chuva, rua alagada, rosas na mão, um amor faminto, urgente, latejante, um amor de carne, sangue e vazantes, um amor inadiável de perder o rumo, o prumo e o norte, me ame um amor de morte.
Não me dê um amor adestrado que senta, deita, rola, se finge de morto, que late, lambe e dorme.
Apaixone-se felino, sorrateiramente, e assim que eu me distrair, me crave os dentes, as unhas, role comigo e perca-se em mim, e seja tão grande a ponto de me deixar perder.Ame minhas curvas, minha vulva, minha carne, me fecunde e se espalhe por meus versos, meus reversos, meus entalhes...
Deixe eu me sentir amada, desejada, glorificada em corpo e espírito, que eu nunca soube o que é ser de alguém, mas preciso que me ensines, que me fales, que me cales, amém!
Patricia Antoniete
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23 de agosto de 2011
Baby I Need Your Loving
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Só Ticcia
16 de maio de 2011
PoR SeR EncaNTaDo, o AmoR ReVeLa-Se...
Porque eu já quase te posso tocar, porque em mim há algo que pressente o que em ti aos poucos se configura e se avizinha, porque em tudo há um tanto de felicidade implícita de véspera, um formigar secreto de ânsia e desejo, como se aos poucos o mundo estivesse prestes a apoderar-se da ordem perfeita das coisas. E eu sorrio e temo, pequena e frágil inseta. E eu festejo e prenuncio, insana sacerdotisa do incerto. E eu delinqüesço e calo, fêmea úmida de marés e cios. E eu preparo língua em lâmina e pétala na forja crua da carne, na rútila fluidez do sonho.
Ticcia
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26 de dezembro de 2010
Eu JuRo!
Queria entender qual é o mecanismo orgânico que é acionado no meu corpo cada vez que ouço teu nome. Nada provoca a mesma reação. É uma combinação de estado permanente de torcida do flamengo ao cubo, fome de 3 dias, descompressão a 10.000 pés de altitude, pular de bang-jump, foz de adrenalina do Iguaçu, boca seca, lábios frios, mãos geladas, pés deslizantes de suor, pernas trêmulas e um oco no estômago. Se ainda sinto alguma coisa por ti? Que pergunta...! Claro... indiferença!! Ticcia
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7 de outubro de 2010
FoMe De Ti...
Ardo pela fome das tuas mãos, pela sofreguidão dos teus gestos, pelo desespero da tua boca a percorrer minhas frestas e reentrâncias.
Me desnudo fêmea em gosto, pétala e umidade, à espera da invasão da tua carne.
Quero a posse lasciva da língua, o ritmo insano do corpo, porque em mim há um todo de ti, que urge, rebenta, lateja, e uma de mim, que quando chegas e me cobres e me preenches e me inundas, transborda em ti...
Patrícia Antoniete
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29 de agosto de 2010
EnTre Minhas PeRnas...
Entre minhas pernas se esconde um pântano, úmido, quente, fértil, cheira à fêmea e cio, e engole os incautos que se aproximam, nele submergem, e não podem mais ser resgatados... Entre minhas pernas dormem segredos e sussurros, gemidos e gritos abafados, que vez por outra são ouvidos à distância. Entre minhas pernas habitam ânsias de lábios grossos, uma língua que se enrosca e uma boca faminta de respostas. Entre minhas pernas termina o desfiladeiro de minhas coxas e começa a colina de meu ventre. Entre minhas pernas eu sinto a vida fluindo. Entre minhas pernas eu começo e acabo meu dia. Patricia Antoniete
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18 de agosto de 2010
Só Deus Sabe...
Admitir alguém em sié franquear a entradaa nossos penhascos e cimos,nossos cantos e calçadas,nosso vinho e nosso chão.Abrindo um vãoou escancarando as portas,a intromissão é sem volta,é completa...Daí pr'adiantenenhuma estantea salvo da desordem,nenhuma cortinaque não possa ser aberta.Por issocada vez é um sustoPor issocada vez se faz silêncioPor isso sempre um pequeno lutoem honra de nossa falta de senso.No começopensamos estar a salvo,ir com cuidado, sair incólumes,ou na pior sorte,nos será doce a morte,no caso de algum revés.Depois, resignados,cientes dos possíveis estragos,mantemos olhos apertados:Seja lá o que Deus quiser!Patrícia Antoniete
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26 de março de 2009
Um TanTo...
É estranho que o mundo silencie, breve e triste, e que em minha boca fechada as palavras batam asas, angústia de dizer; e o corpo se agite, animal faminto. Tu permaneces, acima das horas e sobre os dias, como se horas e dias não houvessem, como se o tempo fosse um besouro enredado em meus cabelos e teus dedos fossem sua improvável salvação.
Não me comove a chuva, ou a beleza do silêncio. Sou toda um esgar contido, um pequeno frêmito de superfície onde nas profundezas desmoronam cada um dos meus degraus. Esqueço teus olhos. Esqueço tua pele. Esqueço o cheiro que só existe em certas partes do teu corpo. Esqueço de mim, um tanto. Morro, um tanto. Então escrevo para contar àquela de mim do que me compus. E escrevo de novo para lembrar a ti do que me fizeste.
Ticcia
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