Em oceanos sem navios, ela navega sem olhos,
impregnando o vento de dúvidas, buscando no céu
aqueles caminhos desencontrados da terra,
da sua guerra surda, com a delicadeza
de uma sereia sem voz...
Dentro dela existe um mar que morre devagar,
após o jantar, após os passos pesados dele,
pela casa, à deriva...
Quando ele percebe que ela respira,
é sempre tarde demais...
E ela, afogada na distância, nunca quer mais.
Karla Bardanza
impregnando o vento de dúvidas, buscando no céu
aqueles caminhos desencontrados da terra,
da sua guerra surda, com a delicadeza
de uma sereia sem voz...
Dentro dela existe um mar que morre devagar,
após o jantar, após os passos pesados dele,
pela casa, à deriva...
Quando ele percebe que ela respira,
é sempre tarde demais...
E ela, afogada na distância, nunca quer mais.
Karla Bardanza
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5 comentários:
"...um mar que morre devagar..."
Suspirinhos.
Beijo grande, lindeza.
Alguns instantes vem como ondas na praia, chega, lambe a areia e se não tiver pés para molhar volta para o oceano com a oportunidade desperdiçada.
Adorei esse espaço, haja sensualidade. Parabéns!
Oi linda, belo poema, é daqueles homens que nunca percebe o belo ao seu redor ou em sua volta.
bj gde
bela imagem. belas palavras
Vontade de mergulhar,
e em oceanos assim,
ficar a deriva...
Beijo
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